segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia 31 de Outubro é o Dia D, o dia de Drummond, part° 3

Carta a Stalingrado – inserido em A Rosa do Povo (1945)

“Stalingrado…

Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!

O mundo não acabou, pois que entre as ruínas

Outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora

E o halito selvagem da liberdade dilata seus os peitos

A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.

Os telegramas de Moscou repetem Homero.





As poesias de Drummond muitas vezes remetem ao passado. Sem dúvida, o poeta tende ao saudosismo e ao pessimismo em tentativas, sempre bem-sucedidas, de fazer uma ligação entre o passado e uma realidade presente. Com o passar dos anos e das obras, Drummond deixa a ironia de lado e vai se tornando mais afetuoso, principalmente quando fala sobre a infância e a juventude em Itabira.
Em relação a assuntos subjetivos como religião e o comportamento humano, Drummond questiona a existência de Deus e afirma em suas obras que o homem busca constantemente escapar da solidão e do isolamento. Outra grande preocupação é o tempo passado, o presente (poesia social) e o que esperar do futuro, normalmente mais positivo, como resultado da cooperação entre todos os homens.
Confira uma entrevista concedida por Carlos Drummond de Andrade, falando sobre o seu fazer poético e a evolução de suas obras:



Alvo de admiração infinita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Assista à homenagem prestada pelo Jornal Nacional na ocasião de sua morte:



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