"Certo dia eu te citei uma frase que diz mais ou menos assim ‘se você não existisse, eu te inventaria’. O engraçado é que com o passar do tempo eu realmente fui te inventando.
Inventando teu jeito de sorrir, de olhar. Teu jeito de acenar e atender ao telefone, de me abraçar. Abraçar de tal jeito que fizesse com que eu me perdesse em ti, sem me encontrar depois.
Em detalhes, tu sabe que eu te moldei, que eu deixei muito de mim em ti.
Mas chegou um dia que até tua presença eu tive que inventar, daí eu não agüentei mais e te deixei ir. Tu aparece de vez em quando, só de vez em quando, exatamente do jeito que eu te fiz, incrível não?
A questão, ou o problema, é que nós não ‘fomos feitos muito pra nós dois’ – como diria Caetano – mas sim nós dois fomos feitos muito por nós dois.”
Inventando teu jeito de sorrir, de olhar. Teu jeito de acenar e atender ao telefone, de me abraçar. Abraçar de tal jeito que fizesse com que eu me perdesse em ti, sem me encontrar depois.
Em detalhes, tu sabe que eu te moldei, que eu deixei muito de mim em ti.
Mas chegou um dia que até tua presença eu tive que inventar, daí eu não agüentei mais e te deixei ir. Tu aparece de vez em quando, só de vez em quando, exatamente do jeito que eu te fiz, incrível não?
A questão, ou o problema, é que nós não ‘fomos feitos muito pra nós dois’ – como diria Caetano – mas sim nós dois fomos feitos muito por nós dois.”
| — | Andressa de Melo |
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